ABRAz faz história na COP 30: Envelhecimento e Sustentabilidade ganham palco global

ABRAz faz história na COP 30: Envelhecimento e Sustentabilidade ganham palco global

A participação da ABRAz Nacional na COP 30, a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, marcou um momento verdadeiramente histórico. Pela primeira vez, a temática do envelhecimento foi pautada em um evento global de tamanha magnitude, e a ABRAz foi a única organização a abordar essa perspectiva crucial. Este protagonismo não apenas elevou a voz dos idosos para a agenda climática mundial, mas também consolidou a ABRAz como uma referência indispensável na intersecção entre envelhecimento, saúde e sustentabilidade.

Um Painel Inédito e de Sucesso Estrondoso
Na Green Zone da COP 30, a ABRAz apresentou o painel “Envelhecimento e Sustentabilidade, Demências e Cuidados, Saberes Tradicionais e Ancestralidade”. A relevância do tema foi imediatamente evidente: a atividade foi um sucesso estrondoso, com a sala superando sua capacidade e pessoas interessadas ficando do lado de fora. Este entusiasmo demonstra a urgência e a pertinência de discutir como as mudanças climáticas impactam a população idosa.

Durante o painel, foram apresentados os resultados de um seminário prévio realizado em Belém, culminando na entrega de uma Carta-Manifesto. Este documento fundamental solicita apoio para que a temática do envelhecimento seja formalmente incluída nas discussões e políticas da COP 30, reconhecendo a vulnerabilidade e as contribuições únicas dessa parcela da população.

Por Que Isso Importa: O Impacto das Mudanças Climáticas nos Idosos
A ABRAz defende que as mudanças climáticas não são apenas uma questão ambiental; elas têm um efeito profundo e direto na qualidade de vida das pessoas idosas, em especial daquelas que vivem com demência. Ondas de calor extremas, eventos climáticos severos, poluição do ar e a degradação de ecossistemas afetam a saúde física e mental, o acesso a cuidados, a segurança alimentar e a mobilidade dos idosos. Para indivíduos com demência, esses impactos são ainda mais acentuados, exigindo abordagens de cuidado adaptadas e políticas de proteção específicas.

Os Pilares de um Trabalho Colaborativo e Abrangente
O trabalho da ABRAz na COP 30 é fruto de um esforço coletivo e multidisciplinar, estruturado em pilares que abordam a complexidade do tema:

  • Envelhecimento e Sustentabilidade: Foco na integração das políticas de envelhecimento com as metas de desenvolvimento sustentável, promovendo ambientes saudáveis e resilientes para todas as idades.
  • Demências e Cuidados: Abordagem das necessidades específicas de pessoas com demência em cenários de mudança climática, garantindo acesso a cuidados adequados e proteção em situações de emergência.
  • Saberes Tradicionais e Ancestralidade: Valorização do conhecimento ancestral e das práticas de comunidades tradicionais como fontes de soluções inovadoras e sustentáveis para a adaptação climática e o cuidado com a saúde.
  • Desafios Regionais e Biomas: Reconhecimento das particularidades de cada bioma brasileiro e seus impactos específicos na população idosa, desenvolvendo estratégias localizadas e culturalmente sensíveis.
  • O Papel Vital dos Saberes Ancestrais e Comunidades Tradicionais
  • Um dos pontos centrais da abordagem da ABRAz é a valorização dos saberes tradicionais e da ancestralidade. As comunidades tradicionais, muitas vezes guardiãs de conhecimentos milenares sobre a natureza e a convivência sustentável, oferecem perspectivas valiosas para a adaptação às mudanças climáticas. Seus idosos, em particular, são fontes vivas de resiliência e sabedoria, cujas experiências e práticas podem inspirar soluções para os desafios contemporâneos. A ABRAz destaca a importância de proteger essas comunidades e integrar seus conhecimentos nas políticas climáticas e de saúde.

Metodologia Colaborativa: A Força da Rede ABRAz
A solidez da apresentação na COP 30 é resultado de um extenso trabalho de equipe, que envolveu a ABRAz Nacional e diversos grupos de trabalho regionais. Esses grupos foram montados para discutir os eixos temáticos (envelhecimento, sustentabilidade, saberes tradicionais, ancestralidade, demências e cuidados) sob a perspectiva de seus respectivos biomas:

Região Norte: Foco no bioma Amazônia.
Região Nordeste: Foco no bioma Caatinga.
Região Centro-Oeste: Foco nos biomas Cerrado e Pantanal.
A partir dessas discussões aprofundadas, foi elaborado um relatório abrangente que serviu de base para as apresentações e para a Carta-Manifesto. Este processo colaborativo demonstra o compromisso da ABRAz em construir soluções que respeitem as diversidades regionais e as realidades locais.

Carta-Manifesto: Um Chamado à Ação e Próximos Passos
A Carta-Manifesto apresentada na COP 30 é mais do que um documento; é um chamado à ação. Seu propósito é garantir que a temática do envelhecimento seja pautada de forma contínua e efetiva nas agendas climáticas e de desenvolvimento. A ABRAz continuará a advogar por políticas que protejam os idosos dos impactos das mudanças climáticas, promovam a inclusão de seus saberes e garantam seu bem-estar em um planeta em transformação.

A participação na COP 30 foi um marco, mas é apenas o começo de uma jornada contínua para assegurar que a voz dos idosos seja ouvida e suas necessidades atendidas em todas as discussões sobre o futuro do nosso planeta.

Assista à Participação Completa da ABRAz na COP 30!
Para reviver este momento histórico e aprofundar-se nas discussões apresentadas, convidamos você a assistir ao vídeo completo da participação da ABRAz na COP 30, que está embedado abaixo.