O Brasil celebra um avanço significativo no tratamento da doença de Alzheimer com a chegada do Donanemabe, uma nova medicação que promete retardar a progressão da doença em pacientes em estágios iniciais. Esta inovação, já utilizada nos Estados Unidos e Europa, traz esperança, mas também desafios importantes a serem considerados, conforme destaca a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).
O Donanemabe age limpando o cérebro das placas beta-amiloide, um dos marcadores da doença, oferecendo a pacientes selecionados a chance de manter sua capacidade cognitiva por mais tempo. No entanto, o tratamento não é uma cura e não reverte danos já existentes.
A Perspectiva da ABRAz sobre o Donanemabe:
A ABRAz, uma das principais entidades de apoio a pacientes e familiares de Alzheimer no Brasil, recebe a notícia com otimismo cauteloso, ressaltando a importância do acesso equitativo e da preparação do sistema de saúde.
Conforme a reportagem, a ABRAz enfatiza que a detecção precoce da doença é crucial para que o tratamento com Donanemabe seja eficaz. A associação alerta que o diagnóstico em fases iniciais ainda é um gargalo no Brasil, onde a maioria dos casos é identificada tardiamente. Além disso, a ABRAz destaca a complexidade do tratamento, que exige monitoramento contínuo e infraestrutura especializada.
Um ponto de atenção levantado pela ABRAz diz respeito ao custo do tratamento. Segundo o neurologista Dr. Fábio Porto, Presidente da ABRAz Regional São Paulo, o valor do Donanemabe no Brasil será de é será de R$ 20 mil a R$ 24 mil por mês. Considerando que o tratamento leva em média 18 meses, o custo total por paciente pode variar de R$360 mil a R$432 mil. Essa cifra gera grande preocupação sobre a sustentabilidade e a inclusão do medicamento no sistema público de saúde. A ABRAz teme que, sem políticas claras de acesso, o tratamento se torne restrito a uma parcela muito pequena da população, aprofundando as desigualdades.
Para mais detalhes sobre o Donanemab, seu impacto no Brasil e a visão completa da ABRAz, convidamos você a ler o artigo original no UOL VivaBem.