Segundo a Organização Mundial de Saúde, o estigma resulta de um processo pelo qual certos indivíduos e grupos são injustamente excluídos, discriminados e tornados vergonhosos. Infelizmente, e de maneira intensa quando se trata do tema saúde mental, o estigma tem encontrado espaço quando abordamos a associação de doença de Alzheimer com envelhecimento. No Brasil, o estigma encontra terreno fértil por se tratar de uma população com baixo nível de escolaridade. O desafio é justamente educar não só a população, mas todas as instituições, informando que o isolamento e o afastamento do idoso com Alzheimer é prática absolutamente condenável. Em 2019 há uma campanha mundial em curso visando a redução para que um dia o estigma seja eliminado. Deve-se compreender que cada um de nós é parte responsável desse processo. Trata-se de uma atitude individual, a ser disseminada por cada um de nós, através de gestos, palavras e ações. Superar o estigma é o primeiro passo para se vencer a doença de Alzheimer e a demência.
Rodrigo Rizek SchultzNeurologistaPresidente da Associação Brasileira de Alzheimer – ABRAzabraz.org.br