CANABIDIOL

A busca por respostas e estratégias que modifiquem a evolução da Doença de Alzheimer é um objetivo de pesquisadores em todo mundo. Muito já sabemos, mas a cura desse complexo processo inflamatório e do depósito anormal do peptideo beta amiloide e TAU ainda não está definido.

O CANABIDIOL (CBD) é uma substância da planta Cannabis sativa, não tem efeito psicotrópico (ao contrário de outra substância, que é a maconha) e sua molécula atravessa livremente a barreira hematoencefálica, que é uma estrutura especial que envolve os vasos sanguíneos do sistema nervoso central e tem uma função metabólica importante, protegendo-o de substâncias potencialmente tóxicas. Pesquisas mostram que alguns dos canabinoides reduzem o acúmulo de beta-amiloide e inflamação do cérebro que ocorre na doença de Alzheimer. Desta forma, acredita-se no potencial apoio no tratamento da doença.

O CDB atua no sistema endocanabidinoide, que mantem o equilíbrio de diferentes processos fisiológicos do organismo como memória, concentração, aprendizagem, dentre outras.

O uso é feito através do medicamento, o óleo de cânhamo, rico em canabidiol, e foi aprovada regras para comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (ANVISA) em novembro 2016. Importante ressaltar que é uma estratégia que merece vários estudos e acompanhamento, e que ainda sem evidência de prevenção direta ou modificação da origem fisiopatológica da doença.

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Carla Núbia Nunes Borges
Geriatra
Titulada pela AMB / SBGG
Mestre em Ciências da Saúde
Professora da disciplina de Geriatria da Universidade Católica de Pernambuco
Membro da Câmara Técnica de Geriatria Conselho Regional de Medicina – CREMEPE