Olá meu nome é Fernanda Maria Rezende Jerez
TerapeutaTRG – reprocessamento Generativo sou voluntária na ASSF – Associação Surf sem Fronteiras – PcD, 54 anos, divorciada, um filho de 25 anos e sou filha de Luiz Carlos Jerez que nasceu 25/11/1936 , diagnóstico Demência (micro AVCs) há 4 anos e de María Eliza Rezende Jerez 12/03/1937, diagnóstico de doença de Alzheimer há 20 anos.
Meus amores são totalmente dependentes sendo que minha mãe não se locomove mais. Os cuidados para ambos são iguais. A doença deAlzheimr surgiu com sinais primeiramente da memória recente dentre tantas outras características. A demência do meu pai se apresentou com sinais de irresponsabilidades, escondia alguns acontecimentos e gastava muito dinheiro.
Soube da ABRAz assim que minha mãe foi diagnosticada há vinte anos. Ela ainda morava em São Paulo e eu morava em Florianópolis. Fui conhecer e confesso que foi uma experiência difícil porque você vai tendo a constatação da terrível doença, e é perturbador. Você não está preparada, porém é acolhedor e a sensação de que não está sozinha e não é só você que passa por isso. Comecei a acompanhar pelos meios de comunicação da época e foi muito enriquecedor. Fez toda diferença.
A ABRAz é muito importante para a família. O entendimento das nossas aflições é fundamental e lá temos todos o suporte, principalmente o emocional, com muito carinho.
É muito difícil, pois temos primeiramente que aceitar, ter conhecimento, cuidar e amar acima de tudo pois assim fica mais fácil. É um processo, tristeza, revolta. São muitas emoções, e por fim é incrível pois é uma oportunidade de ser melhor como ser humano e um presente. No meu caso, é incrível poder retribuir todo amor, carinho, atenção e cuidados que sempre tive deles. No final quem me ajuda e me ensina são eles, eu só agradeço. A dor trás um aprendizado que só os privilegiados tem, louco né!
Há muito tempo “perdi” minha mãezinha mas nunca esqueci o seu olhar se expressando em momentos de lucidez e isso é maravilhoso, que acontece com meu pai. Eles são os meus presentes, por isso faço questão de dormir na casa deles como cuidadora 4 noites da semana mesmo tendo cuidadores e equipe reabilitação. Não é fácil pois temos trabalho, filho, vida, mas vale muito a pena.
Se doar é a maior riqueza onde aprendo e o meu prazer é inenarrável.
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