A perda auditiva é um dos principais fatores de risco para o aumento na incidência do desenvolvimento de demências, já que leva a falta de estimulação causando atrofia das áreas auditivas. Como isso acontece? A área cortical responsável pela audição deixa de ser estimulada corretamente, o som enviado para o cérebro chega “embaralhado” e no lugar de serem ativadas as áreas responsáveis pela compreensão de linguagem, são ativadas as regiões do lobo frontal, relacionadas ao raciocínio, memória e tomada de decisão, “sobrecarregando” essa área para que o ouvinte consegue entender.
Estudos apontam que o risco para desenvolvimento de demências já existe a partir do momento em que a perda auditiva se inicia (ainda leve) e que existe uma relação direta entre o grau da perda auditiva e o desenvolvimento de doenças demenciais. O que se observa no entanto, é que as pessoas com perdas auditivas que utilizam aparelhos auditivos não apresentam a mesma incidência no desenvolvimento de demências pois o parelho auditivo estimula a vias auditivas periféricas e centrais, beneficia a cognição e melhora a qualidade de vida, principalmente após o terceiro mês de uso.
Então, é importante passar por avaliações audiológicas regulares e sempre que descoberto o desencadeamento ou agravamento de uma perda auditiva, a estimulação precoce com aparelhos auditivos é recomendada.
Nathália Lins Lima de Barros
CRFa 9707-4
Mestre em Saúde da Comunicação Humana – UFPE
Diretora da Rehabilita
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