Saúde mental: pilar importante na saúde

A saúde mental é um pilar de extrema importância e faz parte de um complexo que deve estar em equilíbrio para uma boa qualidade de vida. Ter saúde não é simplesmente a ausência de doença. Ter saúde, segundo a constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1946 diz que: “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social”.

A saúde mental envolve várias funções cerebrais superiores: cognitivas, como memória e julgamento e não cognitivas, como humor e sono. Responsável pela nossa possibilidade de tomada de decisões, aprendizado, comportamento social, discernimento, julgamento crítico, independência, autonomia, a saúde mental é necessária para um desenvolvimento adequado e construtivo.

Existem vários tipos e subtipos de doenças mentais, de diversas origens, que podem surgir desde o nascimento, ou se desenvolverem ao longo da vida em decorrência de causas múltiplas. Cada indivíduo deve ser diagnosticado e tratado individualmente.

Os idosos de hoje viveram durante sua infância, adolescência e fase adulta em um tempo em que não se tinha um cuidado tão intenso destinado à saúde mental como nos dias de hoje. Os estudos eram escassos, as drogas limitadas e o acompanhamento com psicólogos, psicanalistas e outras estratégias não eram uma prática rotineira.

Com o envelhecimento, a prevalência de doenças cerebrais aumenta e dentre elas, as demências, sendo a demência de Alzheimer a mais prevalente. Deve-se destacar a depressão que pode surgir como sintoma inicial em alguns casos de demência, ou sendo diagnosticada como responsável pelos transtornos cognitivos. A depressão é a forma mais comum de distúrbio do humor comprometendo de forma intensa a funcionalidade com piora de saúde global e cognitiva. Deve ser diagnosticada e tratada, e o retardo do reconhecimento precoce favorece piora da memória, aumenta distúrbios como delirium e proporciona distúrbios comportamentais levando a situações mais complexas, desagregadoras para famílias com necessidade de mais cuidado e drogas.

O cuidado com a saúde global requer este olhar para a saúde mental em todas as fases da vida. É comum no envelhecer, ao investigar a história de vida, evidenciarmos situações traumatizantes, fatos mal resolvidos, doenças não tratadas precocemente e drogas utilizadas sem acompanhamento médico comprometendo este desenvolvimento mental.

 

Envelhecer bem e cuidar da saúde mental, além de atuar no combate a demência, requer algumas atitudes:

  • Praticar hábitos saudáveis e adotar um estilo de vida de qualidade ajuda a manter a saúde mental em dia
  • Realizar atividade física regular
  • Realizar atividade intelectual: aprender coisas novas, criar novos desafios.
  • Evitar isolamento social
  • Procurar médico especialista no inicio dos sinais de alteração de memória e/ou comportamento.
  • Não fazer a automedicação, principalmente psicotrópicos.
  • Ter uma alimentação saudável
  • Reforçar os laços familiares e de amizades
  • Caso já ter alguma doença mental, praticar acompanhamento regular
  • Caso já ter diagnóstico de demência de Alzheimer, atentar para as fases da doença, tratamentos específicos e acompanhamentos gerontológicos

É importante destacar a existência de uma Política Nacional de Saúde Mental, uma ação do Governo Federal e coordenada pelo Ministério da Saúde, que compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. É uma estratégia de atenção fundamental para a identificação das necessidades assistenciais, alívio do sofrimento e planejamento de intervenções medicamentosas e terapêuticas. Também atua na prevenção de problemas de dependência química, bem como a prevenção do suicídio.

 

Nossa mente, nosso guia.

Cuide e cultive sua mente.

 


Referências:
World Health Organization. Dementia Fact Sheet No. 362, 2015. 
Burns, A., Gallagley, A., & Byrne, J. Delirium. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 75(3), 2004.