O Brasil vem passando por um rápido e crescente processo de envelhecimento. Alguns estados brasileiros já têm mais pessoas idosas do que crianças e jovens de 0 a 14 anos.
A diminuição do índice de natalidade, em função de casais tendo cada vez menos filhos e outros optando por não os ter, vem delineando um novo cenário na sociedade com o aumento na adoção de pets e uma proliferação de Pet Shops. Da mesma forma, temos observado um aumento substancial de farmácias nas nossas cidades, isso porque as pessoas idosas são as que mais fazem uso de medicamentos, por serem mais suscetíveis a múltiplas enfermidades.
Esses dados sugerem que, num futuro próximo, teremos menos necessidade de tantas creches, embora ainda hoje em falta; assim como menos vagas em escolas do ensino infantil e fundamental. Isto requer que nós, como sociedade, tenhamos que nos preocupar com a criação de ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos).
Portanto, é fundamental que a sociedade esteja atenta ao fato de que não somos mais um país jovem. Precisamos de políticas públicas voltadas às pessoas idosas, um segmento que necessita de maiores cuidados de saúde e ocupam mais leitos em hospitais. No entanto, as necessidades são mais amplas, incluindo uma sociedade mais inclusiva com cidades amigas do idoso, oferecendo acessibilidade, segurança e condições de lazer. Devemos colocar em prática o Estatuto da Pessoa Idosa, para podermos envelhecer com dignidade e assegurarmos uma boa qualidade de vida a todos no nosso país.
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João Senger
Médico geriatria CREMERS 12715
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